O secretário-executivo da Casa Civil, Célio Fernando Melo, vê no evento um reforço no planejamento para implantação de transição energética “justa e inclusiva”
A COP 27 acontece no Egito mas passa pelo Pecém. O secretário-executivo da Casa Civil, Célio Fernando Melo, vê no evento um reforço no planejamento para implantação de transição energética “justa e inclusiva”. O hidrogênio verde tem sido o destaque. O anúncio pela governadora Izolda Cela (sem partido) dos avanços nos acordos com a Fortescue, em pessoa, com Andrew Forrest, consolida a implantação do hub de hidrogênio verde (H2V) no Complexo do Pecém. O trabalho do secretário Maia Jr (Sedet) hoje é focado nesse tema, o que abre a atenção para quem irá comandar o tema na gestão Elmano de Freitas (PT).
Célio embarcou no sábado para o Egito e destaca que os Estudos-base para implantação do Hub foram concluídos pelo Governo, Fiec e UFC, com o apoio do CIPP e a estatal holandesa e sócia do porto, a Port of Rotterdam. A agência alemã GIZ, cuja atuação não se limita ao Ceará, foi parceira. “O Banco Mundial tem sido um parceiro nessa construção em várias frentes. São muitos os que estão participando desse que hoje é um projeto nacional, com 24 Memorandos assinados”, diz Célio. Ademais, cita, há 18 pedidos de licenciamento para as energias offshore.
Alemães juntos
Aliás, a GIZ fechou em maio cooperação com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para destinar R$ 12,5 milhões para a criação do primeiro Centro de Excelência em Hidrogênio Verde do Brasil, em Natal. De todo modo, o projeto contempla cinco hubs regionais de educação e treinamento na área do H2V). No rol, Ceará, Paraná, Bahia, São Paulo e Santa Catarina. A proposta é garantir a estrutura necessária para a produção experimental de hidrogênio verde. Em maio, o diretor do Projeto H2 Brasil, da GIZ, Markus Francke, dizia que só na Europa, por exemplo, associações industriais e empresariais estimam que até um milhão de empregos serão criados na cadeia de valor H2V até 2030.
Sabe a refinaria?
E assim, o Ceará supera a frustação de nunca ter recebido a refinaria sonhada desde os anos 1970, apontada como iminente na Era Tasso (via alemãs do Thyssen Group) e mais tarde embalada como promessa por Lula e Dilma.